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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A Criação: Deus Se Manifestou


A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis..." (Romanos 1:18-20).
Todos nós conhecemos a história da criação. É uma história tão fantástica, tão maravilhosa e tão simples que a lembramos desde a nossa mocidade, e agora também a contamos para os nossos filhos. E às vezes, talvez justamente por sua simplicidade, ficamos contentes em deixar que o relato bíblico da criação seja relegado às aulinhas dominicais das crianças, enquanto os adultos estudam assuntos "mais profundos". Mas, será que a história da criação é somente uma "historinha" para as crianças?
Vamos lembrar primeiramente que "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Timóteo 3:16-17). Se Deus revelou alguma coisa, é porque ele quer ensinar algo de valor para o nosso crescimento espiritual.
Em sua forte exortação aos cristãos de Roma, o apóstolo Paulo apelou para a criação como um ato singular que por si só é prova da existência de Deus. Ele disse que Deus é justo em julgar com ira os que o rejeitam, porque, pela criação, os homens deveriam reconhecer claramente "os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade" (Romanos 1:18-20). Quando olharmos para a criação, devemos ver o Deus vivo que está por trás dela. Até mesmo as pessoas que nunca leram a Bíblia são responsáveis de reconhecer que Deus existe, pois ele se manifestou em sua obra criadora (veja Salmo 19:1-4). Nós, os que somos abençoados por termos a Bíblia em nossas mãos, devemos olhar para a criação do modo como Deus a revelou em Gênesis capítulo 1. O que aprendemos na criação sobre o eterno poder e a divindade de Deus?
Gênesis 1:1-2: Antes do Princípio
Os céus e a terra foram criados por Deus "no princípio" (Gênesis 1:1). Sendo este o caso, então o que existia antes do princípio? A única resposta é: Deus! O Criador, necessariamente, deve existir antes de sua criação. Deus é um ser eterno: ele existia já antes do princípio, e existirá depois de toda a criação ser desfeita (veja Isaías 41:4; 44:6; 2 Pedro 3:9-12). Deus é um ser poderoso: ele teve a força de criar do nada "os céus e a terra," ou seja, tudo o que há no universo, fora e dentro do nosso planeta (veja Hebreus 11:3; Atos 17:24; Colossenses 1:15-17). O Criador, necessariamente, é senhor de toda a sua criação. Deus, por seu eterno poder, criou e governa os céus e a terra.
"...E o Espírito de Deus pairava por sobre as águas" (Gênesis 1:2). Deus é espírito: ele não é material como a sua criação, e não será encontrado através de meios materiais. A verdadeira busca de Deus será uma busca espiritual (veja João 4:23-24; Atos 17:24-25, 29).
O Estado Do Mundo No Princípio
A terra, no princípio, estava sem forma: antes de Deus usar seu eterno poder para organizar, tudo estava em caos (Gênesis 1:2). Além disso, a terra estava vazia: antes de Deus criar, havia uma imensidão de nada, um abismo vazio. E ainda mais, a terra jazia em trevas: antes de Deus trazer a luz, havia somente uma escuridão profunda. A partir desta situação original da terra, observemos a maneira de Deus trabalhar, assim aprendendo muito sobre a sua divindade (sua natureza como ser divino).
Gênesis 1:3-5: Nas Trevas, Deus Faz Luz
A primeira coisa necessária para andarmos com segurança é a luz. Então, a primeira coisa que Deus fez em sua obra criadora foi de converter a situação geral da terra de trevas para luz. Deus é luz por sua própria natureza (veja 1 João 1:5-7), e tudo o que ele faz é para manifestar a luz da verdade.
Notemos que Deus criou a luz, bem como a maior parte de sua criação, simplesmente pelo poder de sua palavra! "Disse Deus: Haja luz; e houve luz" (Gênesis 1:3). Deus falou, e assim se fez (veja Gênesis 1:6-7, 9, 11, 14-15, 20, 24). O poder de Deus tanto para criar como para manter a sua criação reside na sua palavra! (veja Hebreus 1:1-3). Esse fato deve nos confortar extremamente, pois a mesma palavra poderosa que Deus usou para criar o mundo foi, com amor, colocada aqui em nossas mãos por ele! Quando vedadeiramente entendermos isto, teremos muito mais cuidado em como usarmos a Bíblia. Quem somos nós para mudar esta palavra tão poderosa, a fim de torná-la "mais suave" aos nossos ouvidos ou aos ouvidos de outras pessoas para a quem a pregamos? Com esse poder vem a grande responsabilidade de seguir e pregar somente aquilo que Deus revelou. Pois, ele é o Senhor, e é a palavra dele que tem o eterno poder da criação (veja Isaías 55:6-11).
Gênesis 1:6-10: No Caos, Deus Faz Ordem
Tendo resolvido o problema da luz, Deus converteu o caos em ordem. Onde a terra estava sem forma, Deus criou e fez a separação entre o céu azul (a atmosfera), a terra firme e os mares. Assim, o poder criador da palavra de Deus coloca todas as coisas em sua própria ordem.
Quando refletimos sobre a palavra de Deus, geralmente pensamos em termos de seus mandamentos, como os dez mandamentos, por exemplo. Uma outra palavra para mandamento é ordem. A natureza de Deus é de ordenar, e suas ordens são dadas para organizar e manter sua criação. Quando a criação desobedece as ordens de Deus, o resultado é desordem. Isto se torna óbvio quando olhamos ao redor para o nosso mundo de hoje. A desordem está por toda parte - homicídios, adultérios, homossexualismo, vícios, etc. - porque os homens (parte da criação de Deus!) têm rejeitado a ordem que Deus manda em sua palavra. Será possível gozar da ordem perfeita de Deus somente quando obedecemos e ensinamos os outros a obedecerem também a palavra dele.
Gênesis 1:11-25:
Deus Enche O Que Está Vazio
Depois de haver criado um lugar bem organizado e com bastante luz, Deus olhou para a sua criação e viu que ainda estava vazia. Notamos que é a natureza de Deus encher todas as coisas com o bem, para a glória dele. Assim, ele transformou o estado vazio da terra, colocando plantas sobre a terra firme, planetas e estrelas no céu, e animais na terra, nas águas e no céu. Podemos ver que Deus colocou ordem em tudo, governando até a reprodução das espécies de plantas e animais com a sua palavra (Gênesis 1:11-12,21,24-25).
Gênesis 1:26-31: O Motivo Por Trás De Tudo
Quando tudo estava perfeito e bem ordenado de acordo com seus planos, Deus criou o homem e o colocou no meio. Olhando bem para o relato da criação, podemos ver que  Deus fez tudo já pensando neste último passo. Por que criar e dividir a luz das trevas? É claro que Deus não precisava da luz, já que ele existia antes dela! Por que separar terra firme e céus? Deus é Espírito e não precisa de lugares físicos para sua moradia (veja 1 Reis 8:27; Atos 17:24). Por que fazer plantas e animais, estrelas e outros planetas? Deus não fez estas coisas para ele mesmo, e sim para o homem que ainda havia de criar. Gênesis 1:14 nos mostra que um dos motivos para Deus criar os luzeiros era para que servissem de sinais. A única parte de toda essa criação que é capaz de observar e entender sinais é o homem. Já que Deus não havia feito nenhum homem quando preparou os luzeiros, concluímos que o homem estava nos planos de Deus desde o princípio. De fato, a Bíblia nos ensina que a salvação do homem estava nos planos de Deus mesmo antes do princípio da criação (veja Efésios 1:3-5, 11, 2:10, 3:8-11).
Quando olharmos para a criação, então, devemos ficar admirados com o eterno poder de Deus, e ainda mais com o seu eterno propósito de salvar o homem da desordem de sua própria desobediência. Deus fez toda a terra e os céus justamente para a habitação do homem, a fim de que o homem olhasse para tudo isso e o buscasse (veja Atos 17:22-31).
Conclusão: A Nova Criação Em Cristo
Quando olhamos para a sociedade, não há dúvida de que temos feito desordem da ordem de Deus. Mas Deus, por sua natureza divina, em sua misercórdia, ainda quer restaurar  a ordem, e por isso enviou o seu filho, Jesus (veja Efésios 1:10). Deus enviou Jesus como resposta para a desordem, para poder criar de novo um mundo obediente às ordens de Deus. O apóstolo Paulo diz "...se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Coríntios 5:17). Onde há trevas, Cristo diz: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida" (João 8:12). Em um mundo de caos, Cristo estabelece a ordem e a união pela sua igreja: "...há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos" (Efésios 4:4-6). Onde há vidas vazias, é Cristo que "...a tudo enche em todas as coisas" (Efésios 1:23).
É responsabilidade de cada pessoa reconhecer que Deus existe e o buscar. A revelação geral de Deus (isto é, o mero fato de ele existir, como é evidente pela criação) nos torna indesculpáveis se o rejeitarmos. Mas, para conseguirmos escapar do estrago feito pela nossa desobediência, é necessário muito mais do que apenas reconhecer que Deus existe. Paulo avisou: "Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos" (Atos 17:30-31). Jesus Cristo veio para fazer a nova obra criadora de Deus, nos corações e nas almas dos homens. Que busquemos a Deus em espírito e em verdade (João 4:23-24), nos arrependendo de nossa desobediência, o pecado, e obedecendo a ordem de Deus em Cristo, para que ele possa fazer de nós novas criaturas, segundo a vontade de Deus!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

MARCAS DO CRISTÃO


 



Gálatas 6.17

Introdução:

Este versículo da Palavra de Deus nos mostra de forma clara, o alto preço que o Apóstolo Paulo pagou por proclamar o nome de Cristo. Paulo sofreu grandes perseguições, sofreu açoites, prisões e muitas outras dificuldades por ser um servo de Deus autêntico e proclamador do nome de Cristo. Diante de tais realidades vividas, ele como que num desabafo afirma: Ninguém me moleste, pois eu trago no meu corpo as marcas de Cristo. Paulo não apenas falava de marcas espirituais, mas também de marcas literais em seu corpo que havia sofrido por amor a Cristo. Que marcas o Cristão deve carregar em sua vida como servo de Deus? Hoje estudaremos algumas para a glória do Senhor.

Bom Estudo!

I – A Marca do Amor. (Mt. 22.37-39)

Esta é uma marca fundamental na vida do Cristão. Como dizer que é um crente se não há demonstração de amor nesta vida. Deus é Amor! Quando se aceita a Jesus como Salvador, o crente recebe o Dom do Espírito Santo. (Ef.1.13,14) O próprio Deus através do Seu Santo Espírito, passa a habitar nesta vida. Logo, o Caráter de Deus passa a ser revelado na vida do crente. O Amor de Deus passa a reinar nesta vida. Amor para com Deus e também para com o próximo. Pergunta-se: Esta marca tem sido uma realidade em nossas vidas? Temos amado ao Senhor com toda a nossa força, com todo o nosso entendimento e amado ao nosso próximo como a nós mesmos? Se pregamos que amamos devemos acima de tudo, demonstrar que amamos. Esse é o grande querer de Deus para com as nossas vidas.

II – A Marca do Testemunho. (Mt.5.16)

Outra marca maravilhosa na vida do Servo de Deus, é a do Testemunho. Como crentes precisamos brilhar neste mundo cheio de pecados. Precisamos influenciar e não ser influenciados. Há um texto da Palavra de Deus em Romanos 12... Que nos afirma que não devemos nos conformar com o mundo. Não podemos como servos de Deus permitir que os valores do mundo estejam entrando em nossas vidas e apagando o brilho de Cristo que está em nós. Precisamos glorificar a Deus com a nossa vida, nossa maneira de falar, de andar, de vestir... Infelizmente há crentes que estão dando um mau testemunho de Jesus. Na família as brigas são constantes, no trabalho são palavras sujas, piadas imorais... As roupas que usam não glorificam ao Senhor, em fim, Literalmente estão dando um Mau Testemunho como Servos de Deus. O Senhor Jesus nos afirma, que como servos Dele, o mundo precisa ver as nossas boas obras e glorificar a Deus que está nos céus. Precisamos crer e lutar para que esta maravilhosa verdade se cumpra em nossas vidas e na vida de nossa igreja.

III – A Marca do Compromisso. (I Co 15.58)

Como servos de Deus, somos importantes na obra do Senhor. Nossa participação na vida da Igreja precisa ser uma realidade viva. Às vezes somos influenciados por fatores os mais diversos, que acabam atrapalhando a nossa participação na vida da igreja local. O Diabo lança obstáculos na vida do crente para que este não participe das programações de sua igreja. A Palavra de Deus nos afirma que devemos ser “firmes e constantes”. Vemos claramente neste versículo que fazer a obra do Senhor não é coisa fácil. Se assim fosse, não haveria necessidade do Senhor nos orientar a sermos firmes e constantes. Amado irmão; quando você perde aos cultos da igreja, há dois prejuízos: Você perde a bênção e a Igreja também perde, pois você é peça importante para o sucesso da igreja. Em nome de Jesus, sejamos firmes e constantes e sempre abundantes na Obra do Senhor, Pois esta Obra é de Valor; e no Senhor o nosso trabalho não é em vão.

IV – A Marca da Paz. (Mt. 5.9)

Nós temos a Paz. A Paz é Jesus. Logo Deus nos chama para sermos proclamadores desta maravilhosa Paz. Para poder proclamá-la eu preciso estar vivendo-a em minha vida. Façamos uma breve análise de nossas vidas. Podemos afirmar realmente que vivemos a Paz de Cristo? Falar em Paz quando tudo está bem, quando tudo está tranqüilo é muito fácil. O que precisamos entender é que esta maravilhosa Paz que temos não depende das circunstâncias. O Crente fiel sabe que mesmo nas lutas o Senhor Jesus não o desampara. Por isso pode manter-se em paz em meio às tribulações. Esta maravilhosa marca não pode faltar em nossas vidas. Vivendo a Paz de Cristo sem dúvida poderemos anunciá-la aos perdidos.



Conclusão:


Ao avaliarmos a Palavra de Deus, sem dúvida encontraremos muitas outras marcas que devem ser vividas na vida do crente. Contudo, nossa atenção no estudo de hoje, esteve voltada para estas quatro marcas que cremos ser de grande importância para o nosso sucesso como servos de Deus.

· Precisamos Amar a Deus e ao nosso próximo como a nós mesmos.
· Precisamos dar um bom testemunho neste mundo cheio de pecados.
· É importantíssima a nossa participação na Obra do Senhor. Precisamos estar envolvidos com os projetos de nossa igreja.
· Precisamos viver a Paz do Senhor Jesus, e anuncia-la àqueles que estão perdidos sem a salvação.

domingo, 11 de setembro de 2011

O Entristecer e o Extinguir o Espírito Santo de Deus

        
Nesta oportunidade, gostaria de falar sobre duas passagens bíblicas que tratam sobre o Santo Espírito de Deus que são ignoradas pela maioria absoluta dos participantes de nossas igrejas: Efésios 4:30 e I Tessalonicenses 5:19, que tratam sobre não entristecer e não extinguir o Espírito Santo de Deus. O que vem a ser, e como ocorre o entristecimento e a extinção do Espírito Santo?
       A Bíblia coloca de forma clara e indubitável que a vida cristã é semelhante ao nascimento e crescimento de uma pessoa natural. Costumo comparar esse crescimento à uma jornada montanha acima, começando por um pântano, um brejo, um lodaçal. As pessoas precisam sair do brejo, e começar a andar em terra firme numa geografia que vai subindo cada vez mais. À medida em que saímos do brejo e andamos montanha acima, percebemos que existem muito mais coisas à nossa volta, porque nossa vista vai cada vez mais longe. Consegue visualizar meu raciocínio? Os pântanos não ficam nos altiplanos, nos vãos entre as montanhas e nem entre os morros e colinas. No fundo dos vales, onde estão, não se consegue ver nada senão lama e plantas aquáticas, quando não animais asquerosos (cobras, lagartos, aranhas etc). Na lama, não se entende o amor de Deus, a salvação, a paz, o perdão, a misericórdia. Quem está na lama interessa-se apenas e tão-somente na própria diversão e prazer, na consecução de seus próprios objetivos egoístas, na própria felicidade.
        Já tive a oportunidade de ministrar que há uma ignorância muito grande acerca de Deus em nossas igrejas. E essa ignorância não tem o poder, o condão de retirar, minimizar ou impedir as desastrosas, funestas e angustiantes conseqüências de nossos atos. Isto é, o fato de não sabermos o que vem a ser o entristecimento ou a extinção do Espírito Santo de Deus, e nem como isso ocorre, não faz com que este deixe de ficar triste ou extinto, quando fazemos algo que o entristeça ou o extinga. Consegue entender o que quero dizer?
     Existe a possibilidade muito grande de que o(a) amado(a) leitor(a) esteja entristecendo ou extinguindo o Santo Espírito de Deus, mesmo sem sabê-lo. Quando isso ocorre, aos poucos as atividades na igreja vão perdendo a cor e o sabor. Vão perdendo sentido e objetivo. Começamos a deixar de sentir alegria nos cultos. Olhamos para os irmãos... ouvimos os cânticos e os louvores... os testemunhos... a pregação.... e parece que... tem alguma coisa faltando... fora do lugar.... alguma coisa parece estar errada, mas não conseguimos descobrir o que é. Os cultos parecem se tornar mecânicos, sem vida, unção, emoção, graça ou iluminação. Isto te parece familiar? Parece que as coisas vão secando...
       A obra de Deus sobre a Terra é feita pelo Espírito Santo de Deus. É ele que nos dá alegria, nos motiva, e nos dirige no caminho pelo qual devemos andar. A Graça e o Poder de Deus é manifestada sobre a Terra através do Espírito de Deus. Sem a atuação, a operação do Espírito de Deus não há arrependimento, perdão, poder, alegria, união, unção, autoridade. Daí a necessidade de não se entristecer e nem se extinguir o Espírito de Deus em nossas vidas. Paulo advertiu seu discípulo Timóteo acerca dos apóstatas que tem a consciência cauterizada, insensível ao toque e à ação do Espírito de Deus (I Tim.4), e que por isso mesmo não se convencem do pecado, ou da justiça ou do Juízo (Jo. 16:8). Não reconhecemos que incorremos em pecado. Nossos atos, por piores que sejam, sempre terão uma explicação e uma justificativa.
       Você tem sentido a ação do Espírito de Deus em tua vida? Mais: tem permitido a sua ação e operação? Tem sido dirigido, tomado, dominado, cheio do Espírito Santo de Deus? A gravidade das conseqüências da resposta revela a gravidade da pergunta.

Parte 2

       Na primeira parte da presente fizemos referencia à ação e operação do Santo Espírito de Deus no mundo, neste mundo. Gostaria de continuar falando, na presente, sobre o que vem a ser entristecer o Espírito Santo de Deus, e, principalmente, como isso ocorre, pois, sem a atuação do Espírito Santo de Deus, não somos convencidos do pecado, ou da justiça ou do Juízo. Nossos pecados sempre tem uma explicação e uma justificativa. Não aceitamos admoestação, aconselhamento ou exortação. Não admitimos que alguém venha nos dizer que estamos errados, ou que nossa prática não é a "mais recomendável", vamos assim dizer.
       Na continuação, pretendemos, se Deus o permitir, explicar o que vem a ser a extinção do Espírito Santo de Deus.
       A interpretação das passagens bíblicas pode ocorrer de diversas formas, e com os diversos fins, de acordo com os valores, a história e as intenções de cada um. Caso a interpretação ocorra com premissas (fundamentos, requisitos, bases) erradas, a conclusão também será errada.
       Você pode ter uma outra visão, uma outra interpretação das Escrituras. Eu somente quero e posso expor a interpretação que, acredito, recebi do Senhor.
       Imprescindível dizer que a interpretação das passagens bíblicas deve ocorrer de acordo com a direção e com a intenção do Santo Espírito de Deus, ou essa fonte de alegria, prazer e vida tornar-se-á fonte de dor, angústia e morte. O mapa que nos conduz aos tesouros escondidos (Pv.2) nos conduzirá à dor, ao inferno.
     Analisando-se os versículos ao redor do analisado (Ef.4), vemos que é uma continuação de uma série de mandamentos negativos: não faça isso, não faça aquilo, não aja deste modo, não entristeça o Espírito Santo de Deus no qual está selado, e continua com esses mandamentos negativos. Daí porque concluímos que o entristecimento do Santo Espírito de Deus ocorre por uma atitude ativa. Quando fazemos o que não devemos fazer, quando praticamos um ato que é contrario à intenção, ao mandamento, ao desejo de Deus.
       O Espírito Santo de Deus se entristece conosco quando ultrapassamos os limites da vontade de Deus.
       Como saber a vontade de Deus? Como reconhecer a vontade de Deus. A vontade de Deus está expressa e revelada na Bíblia. Quem conhece a Bíblia conhece a vontade de Deus. De modo inverso, quem não conhece a Bíblia não conhece a vontade de Deus.
       Nunca é demais lembrar que o mais importante não é o que está escrito na Bíblia, mas sim o que Deus quer nos dizer através da Bíblia (João 6:63 e II Cor.6:3).
       Toda vez que você transpassa, ignora, quebra um mandamento negativo, quando faz o que não deve ou o que não pode fazer, está entristecendo o Santo Espírito de Deus. 
       Entende o quero dizer?
       Se e quando você faz o que Deus não quer, você está entristecendo o Santo Espírito de Deus.
       Deus quer que você aja de um modo amoroso, generoso, altruísta, respeitoso, honroso, piedoso e misericordioso para com todos, independente de sua fé, de sua condição espiritual. E Deus não quer que você aja de um modo egocêntrico, egoísta, ganancioso, oportunista, legalista, condenativo ou depreciativo com ninguém, independentemente de sua fé, de sua condição social.
       Deus fica triste. O Santo Espírito de Deus fica triste quando fazemos o que não quer... e deixa de agir em nossa vida.
       Você tem sentido a ação do Espírito de Deus em tua vida? Mais: tem dominado teu próprio espírito carnal e vendido sob a escravidão do pecado para deixar de fazer o que fere, magoa e entristece o Santo Espírito de Deus? A gravidade das conseqüências da resposta revela a gravidade da pergunta.

Parte 3

       Na primeira parte da presente fizemos referência à ação e operação do Santo Espírito de Deus no mundo, neste mundo. Na segunda parte explicamos como ocorre o entristecimento do Santo Espírito de Deus. Gostaria de terminar com a presente falando sobre a sua extinção na vida do cristão.
       Não sei se pude ser claro o suficiente na mensagem anterior. O entristecimento e a extinção do Santo Espírito de Deus em nossa vida tem a mesma conseqüência: Ele deixa de agir em nossas vidas. Sem a atuação, a operação, a condução, a direção, o revolver das águas pelo Espírito de Deus, a nossa vida vai murchando... secando... morrendo, tal e qual o Autor de Salmos 32 a minha alma começou a secar como quando não há chuvas.
       A diferença entre o entristecer e o extinguir o Espírito Santo de Deus é pequena, diáfana, superficial, tênue.
       No contexto do versículo analisado (I Tess.5), vemos que é uma continuação de uma série de mandamentos positivos: faça isso, faça aquilo, aja deste modo, não extinga o Espírito Santo de Deus, e continua com esses mandamentos positivos. Daí porque concluímos que a extinção do Santo Espírito de Deus ocorre por uma atitude passiva, omitiva; quando deixamos de fazer o que deve ser feito; quando não praticamos um ato que é da expressa e direta vontade, intenção e desejo de Deus. O Espírito Santo de Deus vai sendo extinto de nossas vidas quando nos omitimos; quando descumprimos a suas ordens e mandamentos, quando deixamos de fazer o que é de sua expressa e direta vontade, quando recusamos suas orientações, admoestações, instruções e exortações. Ele deixa de falar conosco quando não damos ouvidos ao que nos diz.
       Jesus disse que o Espírito Santo de Deus nos conduziria em todos os caminhos pelos quais deveríamos andar (Jo.16:13). E nos daria as palavras que precisássemos falar (Lc.12:12). Em Isaías 30:21 a Bíblia diz que ouviríamos uma voz atrás de nós nos dizendo para onde deveríamos ir, caso nos desviássemos para esquerda ou para a direita.
       Contudo, todos nós somos carnais e vendidos sob a escravidão do pecado (Rom.7). Somos avessos ao Espírito de Deus. A nossa reação natural é rejeitarmos as coisas do Espírito.
       A ação de Deus sobre a terra ocorre pela ação e operação do Santo Espírito de Deus. Se e quando você não faz o que Deus quer, você está extinguindo o Santo Espírito de Deus. Não importam as tuas justificações, tuas explicações, tuas motivações, tua razões. É por isso que Autor da carta aos Hebreus dispersos insiste em não endurecermos o nosso coração como no dia da tentação no deserto (Heb.3).
       Entende o que quero dizer?
        Deus não quer que você seja medroso, que se omita diante da necessidade de outrem, que feche os olhos ao necessitado. Nosso Deus tem que valer mais do que nossos bens, nossa reputação, nossa família, nossos relacionamentos. Deus quer que você aja de um modo amoroso, generoso, altruísta, respeitoso, honroso, piedoso e misericordioso para com todos, independente de sua fé, de sua condição espiritual.
       Nós somos as mãos, os pés, os braços e o coração de Deus sobre a Terra. Evidentemente, somos também o bolso de Deus sobre a Terra. É através de nós, cada um de nós que a obra de Deus se realiza na Terra.
       Amado(a), você tem obedecido aos comandos do Santo Espírito de Deus, ou tem fechado os olhos, os ouvidos, e o coração para Deus? Você tem se colocado a serviço do Rei Jesus? Tem se sujeitado ao domínio e à direção do Espírito de Deus fazendo tudo que Ele manda e exorta?
       Mais uma vez, a gravidade das conseqüências da resposta revela a gravidade da pergunta.

Parte 4

       Estamos estudando as formas pelos quais o Espírito Santo de Deus se entristece ou é extinto na vida do cristão. Na primeira parte fizemos referências à sua ação e atuação na vida do cristão. Na segunda parte analisamos (muito superficialmente) de que forma Ele é entristecido. Na terceira parte analisamos (mais superficialmente ainda) a forma como Ele é extinto. E na presente, com a graça e direção de Deus, vamos analisar os motivos pelos quais preferimos entristecer ou extinguir o Espírito de Deus.
       São as nossas atitudes, as nossas escolhas, o nosso comportamento que fazem com que o Espírito de Deus se entristeça ou seja extinto de nossas vidas. Nossas atitudes, nossas escolhas, nosso comportamento são fruto de nossa personalidade. Nós, todos nós, externamos através de atos e palavras o que somos interiormente. Nossos pensamentos, sentimentos, valores, aspirações, desejos, sonhos, história, traumas, virtudes e defeitos são externados através de nosso comportamento.
       Freqüentemente vemos uma certa... como é posso dizer?... "disparidade"?, "descompasso"?, "diferença"?, "contradição"? entre as palavras e o comportamento das pessoas. A Bíblia diz que é através de nossos frutos (atos) é que somos reconhecidos como "arvore boa", ou "árvore má"; e não através de nossas palavras (folhas).
       Há muitos anos atrás (bem, nem tantos, não sou tão velho assim), num culto, perguntei aos presentes se o mais importante era "pregar o que se vive" ou "viver o que prega". As opiniões se divergiram. Uma parte entendeu que viver o que se prega é mais importante. Outros entenderam que temos que pregar o que vivemos. Ambos são importantes. Muito importantes. Pregar o que se vive é o testemunho de nossa vida. Viver o que se prega é o cumprimento das Escrituras em nossa vida. Entende?
       Os nossos atos falam mais alto do que as nossas palavras. Sempre. Muitas vezes o barulho de nossos atos não permitem que nossas palavras sejam ouvidas...
       A forma mais eficaz de se pregar o evangelho é vivendo-o. Quando nossos atos, nosso comportamento, nossas atitudes confirmam o que pregamos.
        A todo momento, precisamos escolher sobre o que fazer, como fazer, quando fazer. E sempre vamos escolher o que é mais importante para nós. O que efetivamente é mais importante para nós. Não o que achamos ou falamos que deve ser o mais importante.
       Um exemplo prático: uma vez eu estava explicando para um grupo de irmãos que "mentira que edifica e verdade que destrói não provém de Deus". Uma irmã se levantou e disse que certa vez "teve que mentir". O que, evidentemente, era mentira. Tinha mentido para proteger a neta. Na escolha entre ver a neta sofrer e entristecer o Espírito de Deus, ela preferiu a segunda opção.
       Todos os dias cristãos mentem, roubam, cometem adultério, ferem seus irmãos, xingam, amaldiçoam. Seguir sua própria natureza pecaminosa vale mais do que a comunhão com Deus.
        Nós, todos nós, vamos sempre escolher o que vale mais, o que é mais importante para nós. Se para não perdermos algo muito importante (dinheiro, respeito, reputação, bens, amizades, sonhos, desejos) for necessário mentir, e mentirmos, então esse "algo" vai estar valendo mais do que a nossa comunhão com Deus que se realiza, que existe através do Espírito Santo.
       Deus tem que valer mais do que tudo. Mais do que nosso dinheiro, nossa reputação, nossa honra, nossos bens, nossas amizades, mais do que tudo. Mais do que a nossa própria vida.
 
"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força." (Mc.12:29).

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

2. O EVANGELHO NO NOVO TESTAMENTO

Quando o povo de Israel acampou no pé do Monte Sinai, Deus instruiu Moisés a construir um santuário portátil para adoração, "segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte". (Êxodo 25:40). Aproximadamente 500 anos depois, o grande templo de pedra do Rei Salomão substituiu o santuário portátil. E o templo foi construído precisamente com o mesmo modelo usado para o santuário portátil.
Quando Deus deu a Moisés as instruções para construir o santuário, que propósito específico Ele tinha em mente?
"E farão um santuário para mim, e EU HABITAREI NO MEIO DELES". Êxodo 25:8
O pecado causou uma separação trágica entre os seres humanos e seu Criador. O santuário foi a maneira encontrada por Deus de mostrar como Ele pode viver novamente conosco. O santuário, e mais tarde o templo, se tornou o centro da vida religiosa e da adoração nos tempos do Velho Testamento. A cada manhã e a cada tarde as pessoas se reuniam ao redor do santuário e entravam em contato com Deus em oração (Lucas 1:9, 10), clamando a promessa de Deus: "Me encontrarei com você" (Êxodo 30:6).
O Velho Testamento ensina o mesmo evangelho da salvação que o Novo Testamento. Ambos retratam a morte de Jesus por nós e o Seu ministério como nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial.
3. O MINISTÉRIO DE JESUS POR NÓS REVELADO NO SANTUÁRIO
O santuário e seus serviços revelam o que Jesus está fazendo agora no templo dos céus, e o que Ele está fazendo agora na terra para melhorar e guiar a vida diária de cada um de nós.
Já que o santuário terrestre era padronizado de acordo com o céu, ele reflete o santuário celestial, onde Cristo ministra atualmente. Êxodo 25:40 descreve os serviços e cerimônias do santuário do deserto de forma bem detalhada. Um breve sumário dos móveis do santuário aparece no Novo Testamento:
"Ora a primeira aliança tinha regras para a adoração e também um tabernáculo terreno... Na parte da frente, chamada Lugar Santo, estavam o candelabro, a mesa e os pães da Presença. Por trás do segundo véu havia a parte chamada Santo dos Santos, onde se encontravam o altar de ouro para o incenso e a arca da aliança, totalmente revestida de ouro. Nessa arca estavam... as tábuas da aliança [nas quais Deus escreveu os Dez Mandamentos (Deuteronômio 10:1-5)]. Acima da arca estavam os querubins da Glória, que com sua sombra cobriam a tampa da arca [o propiciatório]". Hebreus 9:1-5
O santuário tinha dois compartimentos: o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. Na frente do santuário encontrava-se um pátio, que continha o altar de holocaustos feito de bronze, no qual os sacerdotes ofereciam sacrifícios, e a pia de bronze, no qual eles se lavavam.
Os sacrifícios oferecidos no altar de holocaustos simbolizavam Jesus, que através de Sua morte na cruz se tornou "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (João 1:29). Quando o pecador arrependido vinha ao altar com seu sacrifício e confessava seus pecados, ele recebia perdão e purificação. Da mesma maneira, hoje o pecador também recebe perdão e purificação através do sangue de Jesus (I João 1:9).
No primeiro compartimento ou Lugar Santo, o candelabro com sete castiçais queimava continuamente, representando Jesus como a "luz do mundo" que nunca falha (João 8:12). A mesa dos pães da presença simbolizava a satisfação que Cristo dá à nossa fome física e espiritual, pois Ele é o "Pão da Vida" (João 6:35). O altar de incenso representava o ministério da oração de Jesus por nós à presença de Deus (Apocalipse 8:3, 4).
O segundo compartimento, o Lugar Santíssimo, continha a arca da aliança coberta de ouro. Ela simbolizava o trono de Deus. Sua tampa da propiciação representava a intercessão de Cristo, nosso Sumo Sacerdote, em favor dos seres humanos pecadores que quebraram a lei moral de Deus. As duas tábuas de pedra nas quais Deus escreveu os Dez Mandamentos eram mantidas dentro da arca. Querubins de ouro pendiam acima da tampa da arca, de cada lado. Uma gloriosa luz brilhava entre esses dois querubins, e isso era um símbolo da presença visível de Deus.
Uma cortina escondia a visão do Lugar Santo dos sacerdotes que ministravam às pessoas no pátio. Uma segunda cortina na frente do Lugar Santíssimo evitava o contato dos sacerdotes que entravam no primeiro compartimento do santuário com esse lugar mais interno.
Quando Jesus morreu na cruz, o que aconteceu com a cortina?
"Naquele momento, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo". Mateus 27:51
O Lugar Santíssimo ficou exposto quando Jesus morreu. Depois da morte de Jesus, não há nenhuma cortina que possa ser colocada entre um Deus santo e um crente sincero; Jesus, nosso Sumo Sacerdote, nos introduz na presença de Deus (Hebreus 10:19-22). Temos acesso à sala do trono do céu porque Jesus é nosso Sumo Sacerdote à direita de Deus. Jesus nos capacita a vir à presença de Deus, ao coração de amor do Pai. Por isso, aproximemo-nos sem temor.
4. UMA REVELAÇÃO ACERCA DA MORTE DE CRISTO PARA NOS SALVAR
Da mesma forma que o santuário terrestre servia como maquete do templo celestial onde Jesus agora ministra por nós, os serviços efetuados no santuário terrestre eram "cópia e sombra daquele que está nos céus" (Hebreus 8:5). Mas, há uma diferença marcante: os sacerdotes que serviam no templo terrestre não podiam perdoar por si mesmos os pecados, mas a cruz de Jesus "apareceu uma vez por todas no fim dos tempos para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si mesmo". (Hebreus 9:26)
O livro de Levítico, no Velho Testamento, descreve em detalhe os serviços efetuados no santuário. Os ritos cerimoniais eram divididos em duas partes: os serviços diários e os serviços anuais (A Lição 13 trata dos serviços anuais).
Nos serviços diários, os sacerdotes ofereciam sacrifícios pelo indivíduo e por toda a congregação. Quando uma pessoa pecava, ele trazia um animal sem defeitos como oferta pelo pecado. Colocava "a mão sobre a cabeça do animal da oferta pelo pecado, que... [seria] morto no lugar dos holocaustos". (Levítico 4:29). A culpa do pecador precisava ser transferida para o animal sem defeitos através da confissão do pecado e da imposição de mãos. Isso simbolizava o ato de Cristo de tomar nossa culpa no Calvário; onde o que era sem pecado se fez pecado por nós (II Coríntios 5:21). O animal a ser sacrificado tinha de ser morto e seu sangue derramado, pois apontava para o preço final que Cristo teria de sofrer na cruz.
5. PRA QUE O SANGUE?
"Sem derramamento de sangue não há perdão" (Hebreus 9:22). O que acontecia no santuário do Velho Testamento apontava para o futuro, para o grande ato de salvação feito por Cristo. Ao morrer por nossos pecados, Ele "por Seu próprio sangue,... entrou no Santo dos Santos, de uma vez por todas, e obteve eterna redenção" por nós (verso 12). Quando o sangue de Jesus foi derramado na cruz, "o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo" (Mateus 27:51). Por causa do sacrifício de Jesus na cruz, os sacrifícios de animais não eram mais necessários.
Quando Jesus derramou Seu sangue na cruz, Ele estava oferecendo Sua vida perfeita como substituta por nossos pecados. Quando o Pai e o Filho se separaram no Calvário, o Pai virou o rosto em angústia e o Filho morreu com o coração partido. Deus o Filho entrou na História para tomar sobre Si toda a maldição do pecado e para demonstrar o quão trágico é a maldade. Com isso, Ele poderia perdoar os pecadores sem contemporizar com o pecado. Cristo estabeleceu "a paz pelo Seu sangue derramado na cruz" (Colossenses 1:20).
6. UMA REVELAÇÃO ACERCA DO TRABALHO DE JESUS
Qual é o trabalho diário de Jesus no templo celestial?
"Portanto, Ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus, pois VIVE SEMPRE A INTERCEDER POR ELES". (Hebreus 7:25).
Jesus agora vive para apresentar Seu Sangue, Seu sacrifício, em nosso favor. Ele está trabalhando agora de maneira diligente para salvar a cada ser humano da tragédia do pecado. Alguns de maneira errônea assumem que, como nosso Intercessor, Jesus está no céu suplicando a um Deus relutante que sejamos perdoados. Na verdade, é Deus que alegremente aceita o sacrifício de Seu filho em nosso favor.
Como nosso Sumo Sacerdote no céu, Cristo também apela para a humanidade. Ele trabalha para ajudar os que estão indiferentes a prestarem mais atenção à graça, para ajudar pecadores desesperados a encontrarem esperança no evangelho, e para ajudar os crentes a encontrarem mais riquezas na Palavra de Deus e mais poder na oração. Jesus está moldando nossa vida de acordo com os mandamentos de Deus e nos ajudando a desenvolver um caráter que suportará o teste do tempo.
Deus entregou Sua vida em favor de cada pessoa que já viveu nesse mundo. E agora, como nosso Sumo Sacerdote ou Mediador, "Ele vive sempre" para levar pessoas a aceitarem Sua morte por Seus pecados. Apesar de haver reconciliado consigo na cruz o mundo caído, Ele ainda não pode nos salvar a não ser que aceitemos Sua graça. As pessoas não se perderão por serem pecadoras, mas porque se recusaram a aceitar o perdão que Jesus oferece.
O pecado destruiu o relacionamento íntimo que Adão e Eva tinham com Deus. Mas Jesus, o Cordeiro de Deus, morreu para libertar toda a humanidade do pecado e restaurar esse companheirismo perdido. Você já descobriu Jesus como seu Sumo Sacerdote, Aquele que vive sempre para manter esse relacionamento íntimo e vibrante?
A morte sacrifical de Cristo é totalmente única. O ministério celestial de Cristo é incomparável. Apenas Cristo traz Deus para ficar perto de nós. Apenas Cristo torna possível para o divino Espírito habitar verdadeiramente em nosso coração. Ele esvaziou-se de tudo a fim de nos tornar completos. Ele merece um comprometimento parecido da nossa parte. Vamos aceitá-lO por completo, como nosso Salvador e Mestre de nossa vida.

sábado, 3 de setembro de 2011

Na força do Senhor



“Sairei na força do Senhor Deus, farei menção da tua justiça, e só dela.” (Salmos 71:6) Muitas vezes nos enganamos ao pensar que nosso conhecimento, força e capacidade são os únicos fatores determinantes para uma grande conquista. Acreditamos que não dependemos e não precisamos de ninguém e que venceremos todos os obstáculos da vida. Nosso ar de superioridade, por vezes, é a causa de nossas derrotas. Mas quando colocamos a nossa vida espiritual no altar de Deus, confiamos a Ele todas as nossas batalhas e confessamos que nada podemos fazer sem a Sua intervenção, passamos a ser então, fortes e mais do que vencedores. Nossa confiança não pode estar baseada em nós, mas em Jesus Cristo. Não existe fracasso nem desânimo para um filho de Deus. Quando caímos, Ele nos levanta, quando choramos, Ele nos consola, e quando tudo parece perdido, Ele abre portas de grandes vitórias. Ele luta por nós, nos protege dos ataques do inimigo, nos leva às fontes de águas tranquilas. E assim como Davi, devemos confiar na força do Senhor.